Petição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO TITULAR DO JUÍZO DA VARA DE $[PROCESSO_VARA] DA COMARCA DE $[PROCESSO_ESTADO]
Processo n° $[processo_numero_cnj]
Resumo |
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$[parte_autor_nome_completo], devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que abaixo subscreve, vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar a presente
DEFESA PRÉVIA
pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
I. PRELIMINARMENTE: DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer a este juízo seja deferido o benefício da gratuidade de justiça, consoante Art. 98 e 99 do CPC e Art. 5º inc. LXXIV, da CF/88, visto que o Requerido não possui condição de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme declaração de pobreza que instrui a exordial.
II. DAS ALEGAÇÕES DA REQUERENTE
Conforme será explicitado ao longo da presente peça processual, não há que se falar em ameaça e violência por parte do Requerido, que sempre respeitou a Requerente e a tratou com dignidade e apreço.
Em razão do divórcio vivenciado por ambos, no entanto, houve discussões no que concerne aos diferentes modos de criação dos filhos.
Não existiu, por parte do Requerido, direcionamento de ofensas à Requerente, sendo todas as alegações falsas e temerárias.
A Requerente traz em anexo conversas de WhatsApp adulteradas e fora de contexto, sem a presença de ata notarial, o que torna o conjunto probatório raso e refutável.
Traz-se, em anexo, as verdadeiras conversas, com a devida ata notarial para comprovar o que realmente ocorreu.
Além disso, argui a Requerente que sofreu empurrões e tapas do Requerido no dia $[informação_genérica], configurando violência física, o que também não ocorreu, já que ele estava em viagem (anexo), tornando toda a história ainda mais inverossímil.
Esse acervo falso de alegações só descredibilizam a Requerente, que tenta, a todo custo, alienar o Requerido do convívio dos filhos, configurando alienação parental.
III. DO DIREITO
A partir da grave situação acima descrita, faz-se necessário entender o que a Requerente pretende: o afastamento do Requerido dos filhos.
As partes são pais de dois meninos, menores de idade, que convivem em plena harmonia com o pai, muito embora morem com a mãe.
Com a medida protetiva, segundo a Lei Maria da Penha e pedidos da Requerente, o Requerido acabaria distanciado de seus filhos, causando um sofrimento totalmente desnecessário para as crianças.
A doutrina pátria, à luz da Lei Maria da Penha, é precisa no que tange a esse afastamento:
[...] A Lei Maria da Penha foi mais explícita, prevendo, entre as medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor, “III – proibição de determinadas condutas, entre as quais: […] b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação” (destaque nosso) (art. 22, III, b). A previsão é importante, pois, por meio de ligações telefônicas, MSN, Skype, WhatsApp, e-mail e redes sociais, o mundo virtual tem possibilitado contatos intensos, reiterados e com …