Direito Penal

Modelo de Alegações Finais | Denunciação Caluniosa | Desclassificação

Resumo com Inteligência Artificial

O réu apresenta alegações finais em ação penal de denunciação caluniosa, requerendo absolvição por ausência de dolo ou, subsidiariamente, desclassificação para falsa comunicação de crime. Destaca a falta de provas e contradições na apuração do dolo, argumentando que seu relato visava recuperar um veículo, não caluniar.

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Sobre este documento

Petição

EXCELENTÍSSIMA JUIZA DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CIDADE – ESTADO DE UF

 

 

 

 

 

AÇÃO PENAL Nº Número do Processo

 

 

 

 

Nome Completo, Réu já devidamente qualificado no feito em epigrafe, por seu defensor dativo nomeado (Nomeação de fl. 124), comparece respeitosamente à ilustrada presença de Vossa Excelência, a fim de apresentar

ALEGAÇÕES FINAIS

 

 

O Acusado deve ser absolvido (artigo 386 do CPP).

 

Não se identificam provas suficientes para a condenação pelo crime de denunciação caluniosa contra o Réu.

 

Ao que transparece da narrativa constante do pedido de instauração de inquérito e dos demais documentos que acompanham a denúncia, o Reú – desesperado com a não entrega de seu carro após o empréstimo efetuado – restringiu-se a levar a conhecimento da autoridade policial fatos que – se analisados no contexto e sob o ponto de vista do Réu – não revelam intenção caluniosa, senão de tentar recuperar o veículo. 

 

Ademais, cumpre registrar que realmente Informação Omitida cometeu um crime de ocasião, qual seja, a apropriação indébita do veículo. O Réu, entretanto, ao registrar a ocorrência, narrou o fato como roubo, o que deve ser mitigado em razão do seu desconhecimento dos tipos penais.

 

De fato, não ficou provada nos autos o dolo por parte do Réu, razão pela qual deve o mesmo ser absolvido (artigo 386 do CPP).

 

Na remota hipótese de Vossa Excelência não decretar a absolvição com base na inexistência de dolo, o Réu requer a desclassificação do crime de denunciação caluniosa para o delito de falsa comunicação de crime, tendo em vista que o mesmo registrou o Boletim de Ocorrência de fls. 18/19 sem indicar o nome do indivíduo ao qual poderia ser imputado o fato.

 

Frisa-se que, para a caracterização do delito de denunciação caluniosa, são necessários três requisitos, nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt: "a) sujeito passivo determinado; b) imputação de crime; c) conhecimento da inocência do acusado." (Código penal comentado. 4. ed., São Paulo: Saraiva, 2007, p. 1143).

 

A propósito, cita-se do depoimento do Réu em juízo (fl. 110 dos autos):

 

Não, nomes eu não citei naquele momento; [...]

 

Portanto, apesar de se ter imputado ao Réu o crime de denunciação caluniosa e o inquérito para apuração do delito ter sido realmente instaurado, a figuração da vítima no pólo passivo não ocorreu pelo fato de aquele expressamente asseverar que esta realizou o roubo do veículo - ao contrário, tal fato se deu pelas circunstâncias apuradas pelas autoridades.

 

Ou seja, embora o Réu tenha confessado ter relatado um fato inverídico à polícia, não informou o nome de ninguém para a designação do referido delito, tornando ausente o primeiro elemento da denunciação caluniosa.

 

Como dito, consta na exordial que o Reú foi dado como incurso nas sanções do art. 339, caput, do Código Penal, correspondente ao delito de denunciação caluniosa. Entretando, é necessário distinguir as condutas típicas do suscitado crime e do descrito no artigo 340, do CP, referente à comunicação falsa de crime ou de contravenção. A respeito de tais diferenças, ensina Delmanto:

 

A distinção entre as figuras típicas …

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