Notificação Extrajudicial para Extinção de Condominio. Trata-se de notificação extrajudicial informando a pretensão do autor em dissolver condomínio.
Como fazer uma notificação extrajudicial para extinção de condomínio?
Para elaborar uma notificação extrajudicial de extinção de condomínio, alguns requisitos básicos devem ser observados para garantir sua validade. Primeiramente, é fundamental identificar corretamente o notificante e os demais condôminos, especificando o imóvel envolvido.
O documento deve mencionar a base legal, como os artigos 1.314 e 1.322 do Código Civil, que tratam da extinção de condomínio, e explicar os motivos que justificam a dissolução, como a falta de consenso na gestão do bem.
Como é feita a extinção se o condomínio possui regimento interno?
Caso o condomínio tenha um regimento interno, é importante verificar e citar possíveis regras sobre o processo de extinção.
Na notificação, deve-se propor uma solução amigável, como a venda do imóvel, e lembrar que qualquer condômino tem direito de preferência na compra.
Além disso, é necessário estipular um prazo para resposta. Caso não haja acordo, deve-se informar que o processo poderá ser levado à via judicial, através de uma ação de extinção, para garantir a dissolução do condomínio e a partilha dos bens.
No que consiste uma ação de extinção de condomínio?
A ação de extinção de condomínio é utilizada quando há propriedade compartilhada de um imóvel e os coproprietários não chegam a um acordo sobre sua divisão ou venda. Qualquer um deles pode recorrer ao Judiciário para dissolver a comunhão e viabilizar a partilha.
Essa ação é necessária quando não há consenso sobre o destino do bem, seja por divergências quanto à venda ou à divisão. A lei assegura que ninguém pode ser obrigado a permanecer nessa condição de copropriedade.
O juiz, assim, pode determinar a venda do imóvel em leilão, e o valor arrecadado é repartido conforme a fração de cada condômino. Caso um coproprietário queira comprar as outras partes, ele tem direito de preferência. A ação garante uma solução justa para todos, acabando com o conflito e promove a extinção do condomínio.
Qual a previsão legal da extinção de condomínio?
Os artigos 1.314 e 1.322 do Código Civil tratam do condomínio (ou copropriedade) dos bens:
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
Os incisos IV e V do artigo 725 do Código de Processo Civil (CPC) referem-se à alienação de bens comuns e de quinhões em coisas comuns, e estão relacionados à extinção de condomínios:
Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de:
[...]
IV - alienação, locação e administração da coisa comum;
V - alienação de quinhão em coisa comum;
Uma notificação extrajudicial tem validade no processo?
Sim, uma notificação extrajudicial pode ter validade em um processo judicial, especialmente como prova de tentativa de solução amigável do conflito. Embora não tenha o mesmo peso de uma ação judicial, ela é um meio formal de comunicação entre as partes, demonstrando que o notificante buscou resolver a questão antes de recorrer ao Judiciário.
Em um processo, a notificação extrajudicial pode ser usada para comprovar que uma das partes foi informada sobre a situação, como no caso de uma tentativa de extinção de condomínio, aviso de inadimplência ou rescisão de contrato. A presença da notificação pode ser relevante para mostrar a boa-fé do notificante e seu esforço em evitar a via judicial.
Em suma, a notificação extrajudicial tem validade como documento, especialmente em processos onde a prova de comunicação entre as partes é necessária para fundamentar o pedido.
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