Direito Penal

Modelo de Memoriais. Defesa. Reconhecimento Fotográfico. Nulidade | Adv.Flávia

Resumo com Inteligência Artificial

Modelo de Memoriais de Defesa contestando o reconhecimento fotográfico como prova de autoria, alegando nulidade devido à fragilidade das evidências e falta de unânime reconhecimento por testemunhas. Requer absolvição com base no princípio in dubio pro reo.

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Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA $[PROCESSO_VARA] VARA CRIMINAL DA COMARCA DE $[PROCESSO_COMARCA] - $[PROCESSO_UF]

 

 

 

 

 

AUTOS N.0$[processo_numero_cnj]

 

 

 

 

 

$[geral_informacao_generica] foi denunciado como incurso no artigo 157, §2º, incisos I e II do   Código Penal, tendo em vista que, no dia $[geral_data_generica] às 16h10min, na $[geral_informacao_generica], nesta cidade e comarca de$[geral_informacao_generica], agindo em concurso e com unidade de desígnios com outro indivíduo até o momento não identificado, subtraiu, para si, mediante grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo, o valor de aproximadamente R$ $[geral_informacao_generica] pertencente a $[geral_informacao_generica].

 

A denúncia foi recebida em 26 de outubro de 2017 (fls.85/86). O réu foi devidamente citado (fls.98) e apresentou resposta à acusação a fls.118. Na instrução criminal, foram ouvidas as vítimas, procedendo-se ao interrogatório do réu, conforme gravação pelo sistema SAJ.

 

Breve relato do necessário.

 

No Mérito

 

1. Em que se pese, os argumentos, utilizados pelo órgão ACUSATÓRIO contra o réu: $[parte_reu_nome_completo]: denúncia NÃO DEVE PROSPERAR, se não vejamos.

 

DO RECONHECIMENTO FOTOGRAFICO – NULIDADE DO RECONHECIMENTO

 

1) Como regra, o reconhecimento fotográfico é empregado para demonstrar a autoria. Entretanto, pela mesma lógica, tal procedimento também poderia servir para apontar a materialidade, como no caso de reconhecimento de objeto furtado, apesar de haver dispositivo sobre o procedimento para o reconhecimento de objetos (art. 227 do CPP).

 

2) A jurisprudência entende que o reconhecimento fotográfico, se acompanhado de outras provas, justifica o regular processamento da ação penal e pode servir de elemento de convicção do Juiz (STJ, HC nº 161.379). Ademais, afirma-se que, caso o reconhecimento por fotografia na fase policial gerasse alguma irregularidade, esta seria sanada em juízo, considerando a independência formal entre inquérito e processo.

 

3) Uma decisão antiga e pouco conhecida foi tomada pelo STJ, afastando uma condenação em segundo grau (o juízo de primeiro grau havia absolvido), por ter como única base um reconhecimento fotográfico:

 

CRIMINAL. HC. ROUBO QUALIFICADO. PACIENTE ABSOLVIDO EM PRIMEIRO GRAU. CONDENAÇÃO PELO TRIBUNAL A QUO EXCLUSIVAMENTE COM BASE EM RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO.

IMPROPRIEDADE. ORDEM CONCEDIDA. Hipótese em que o paciente, absolvido em primeiro grau de jurisdição, restou condenado pela prática de crime de roubo, em grau de apelação, com fundamento, exclusivamente, em reconhecimento fotográfico realizado no inquérito. O reconhecimento fotográfico somente deve ser considerado como forma idônea de prova, quando acompanhada de outros elementos aptos a caracterizar a autoria do delito. Precedente da Turma. Habeas Corpus, que deve ser concedido para   restabelecer   a   decisão   monocrática,   suficientemente   fundamentada   na   insuficiência   do reconhecimento fotográfico como única prova a autorizar a condenação. Ordem concedida. (HC 27.893/SP, Rel. Ministro Gilson Dipp, Quinta Turma, julgado em 07/10/2003, DJ 03/11/2003, p. 332)

 

 

4) Portanto, o reconhecimento fotográfico, sem outros elementos, é insuficiente para provar a autoria. Nesse diapasão, vale lembrar não apenas o descumprimento do art. 226 do CPP (que praticamente é desconsiderado pela jurisprudência), mas também que o art. 155 do CPP proíbe que o Juiz fundamente sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. Logo, é incabível uma condenação em caso de confirmação da autoria apenas por reconhecimento fotográfico realizado na fase policial.

 

5) Conforme testemunhas ouvidas em juíza, o réu foi reconhecimento POR INTERMEDIO DE FOTOGRAFIA. Ao que consta o réu estava cumprindo pena conforme ANTECEDENTES CRIMINAIS JUNTADOS a fls.102- PROCESSO $[processo_numero_cnj], portanto, seria …

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