Direito Civil

Modelo de Contestação. Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária.

Resumo com Inteligência Artificial

Contestação em ação de busca e apreensão de veículo, alegando abusividade nos juros e multas que inviabilizaram o pagamento. O réu argumenta irregularidades contratuais e pede a improcedência da ação, com restituição de valores pagos a maior e declaração de inexistência da dívida.

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Sobre este documento

Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA $[processo_vara] VARA CÍVEL DA COMARCA DE $[processo_comarca] - $[processo_uf]

 

 

 

 

 

PROCESSO: $[processo_numero_cnj]

               

 

 

 

 

$[parte_autor_razao_social], Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob n° $[parte_autor_cnpj], com sede na Rua $[parte_autor_endereco_completo], devidamente representada por sua advogada que esta subscreve, na AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE, convertida em AÇÃO DE DEPÓSITO, promovida por $[parte_reu_razao_social], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, na oportunidade legal, apresentar sua

 

CONTESTAÇÃO

 

o que faz por essa e na melhor forma de direito, contestando e impugnando a inicial, em todos os seus termos, bem assim os documentos a ela acostados:

 

I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

             

De início, requer os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, haja vista que, face às dificuldades financeiras, pelas quais passa as empresas em todo o país, não poderá momentaneamente a Contestante arcar com as custas do processo sem prejuízo à continuação da sua atividade empresarial, nos termos da Lei 1060/50.

 

II – DO CONTRATO

       

Em $[geral_data_generica], o Contestante firmou com o Banco Autor Contrato de financiamento para Aquisição de bens, na importância de R$ $[geral_informacao_generica], para a aquisição do veículo descrito na exordial, sendo este um  Caminhão, Marca Mercedes Benz, ano de fabricação 2006.

       

Para aquisição do mencionado veículo, o Autor desembolsou a importância de R$ $[geral_informacao_generica], como valor de entrada, e financiou junto à Autora o valor de R$ $[geral_informacao_generica], restando o bem alienado.

       

O financiamento foi firmado para pagamento em 60 (sessenta) parcelas fixas de R$ $[geral_informacao_generica], acrescidos de encargos, juros e demais taxas aplicadas ao financiamento. tendo sido embutido já ao valor do financiamento toda e qualquer indexação prevista para o período do financiamento.

 

III – DOS PAGAMENTOS

       

Inobstante a intenção primeira do Réu fosse a de cumprir fielmente com as obrigações assumidas, notadamente com o pagamento pontual das parcelas do financiamento, viu-se impedido de prosseguir o pagamento das parcelas, tendo-se em vista que a Autora incluiu no financiamento, cobrança taxas, correção e juros exorbitantes, valores estes substanciais, o que pesou bastante no financiamento.

       

Ocorre que, após o pagamento de 54 parcelas do referido parcelamento, no valor de R$ $[geral_informacao_generica], totalizando R$ $[geral_informacao_generica]. Sendo assim, após constatar a abusividade do contrato, pediu a um contador, para realizar uma Revisão do Contrato, ora questionado, chegando-se à conclusão, que a empresa já havia pago mais que o que realmente devia.

         

A Suplicante ligou diversas vezes para o Banco Requerido, procurando resolver o problema administrativamente e obter uma redução nas parcelas, compostas por altas taxas de juros, porém todas as tentativas restaram infrutíferas, fatos que levaram a Autora ao atraso de algumas parcelas, resultando no somatório de diversas tarifas e multas, consideradas abusivas, tornando-se impossível quitação do contrato por parte do suplicante e ao enriquecimento sem causa da empresa Ré.

         

Após a verificação pericial realizada pelo calculista, ficou constatado que o valor de cada parcela a ser paga é de R$ $[geral_informacao_generica].

             

Doravante, para que não seja compelido a pagar valores ilegais, em um contrato totalmente abusivo, conforme pode-se observar, vem a este juízo buscar o equilíbrio contratual, pois se trata do lado mais vulnerável, ou seja, o consumidor.

 

IV – DO MÉRITO

IV.1 - DA ESPÉCIE DO CONTRATO

         

Trata-se de contrato de financiamento para a aquisição de um Veículo MARCA MERCEDES BENZ, modelo 710, Cor azul, Placa $[geral_informacao_generica], ano 2006/2006, Renavam $[geral_informacao_generica], Chassi $[geral_informacao_generica]. 

           

O contrato celebrado entre as partes é nitidamente um Contrato de Adesão. O art.54 da Lei n° 8.078/90, que assim o define:

 

....é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente, ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.

       

O citado artigo demonstra, de forma clara e inequívoca, que o contrato celebrado entre os litigantes, nada mais é do que de adesão, pois em momento algum foi dado ao autor, o direito de questionar, sugerir ou alterar, alguma das cláusulas do contrato celebrado. Sendo lhe imposto essas absurdas cláusulas, nulas de pleno direito, como podemos verificar analisando e contratando o instrumento contratual com os artigos 51, 52 e 53 do CPC.

 

IV.2 - TAXA DE JUROS REMUNERATÓRIOS MENSAIS

           

Que ao contrato e sobre o capital financiando fora atribuída uma remuneração de juro mensal de 2,5% ao mês, aplicada de forma capitalizada o que levou em demasiado …

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