Direito Processual Civil

Modelo de Requerimento. Impenhorabilidade. Imóvel. Bem de Família | Adv.Sara

Resumo com Inteligência Artificial

Requer o cancelamento da penhora sobre imóvel, alegando sua impenhorabilidade como bem de família. O imóvel é o único residencial do executado, que possui 68 anos e condições de saúde que justificam a proteção. Fundamentado na Lei 8.009/90 e na dignidade da pessoa humana.

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Sobre este documento

Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA $[PROCESSO_VARA] VARA CÍVEL DA COMARCA DE $[PROCESSO_COMARCA] - $[PROCESSO_UF]

 

 

 

 

 

Autos nº Cumprimento de sentença $[processo_numero_cnj]

 

 

 

 

 

$[parte_autor_nome_completo], devidamente qualificada nos autos em epígrafe, na EXECUÇÃO que lhe promove, $[parte_reu_nome_completo], também já devidamente qualificada, por seus advogados que a esta subscrevem (instrumento de procuração anexo), vem, respeitosamente a douta e sábia presença de Vossa Excelência, arguir a

 

IMPENHORABILIDADE

 

do bem objeto da penhora de fls.234, nos seguintes termos:

 

Nos presentes autos, foi penhorado o imóvel objeto da matrícula nº $[geral_informacao_generica] do 2º Cartório de Registro de Imóveis de $[geral_informacao_generica].

 

Ocorre, no entanto, que referido bem é o único imóvel residencial do executado e serve-lhe de residência, sendo, portanto, impenhorável nos termos do art. 1º da Lei 8.009/90.

 

Cumpre pontuar que a executada, $[geral_informacao_generica], conta com 68 anos de idade, portadora de Diabete, não possuí renda e reside no referido imóvel.

 

Ressalta-se que o bem penhorado nos autos de execução é o único imóvel residencial da executada.

 

Nesse ínterim, pode-se verificar através da certidão emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis, que de fato o imóvel em questão é o único que pertence a executada, o que também pode se verificar através do oficial de justiça, no endereço do imóvel penhorado, onde efetivamente reside.

 

Além disso, todas estas situações podem ser constatadas por meio de vistoria a ser efetuada por Oficial de Justiça, através de mandado de constatação, o que desde já requer.

 

Não obstante, a alegação de impenhorabilidade do referido bem, por se tratar de matéria de ordem pública, de natureza constitucional, que não sofre os efeitos da preclusão, pode ser feita a qualquer tempo e fase do processo, até a extinção da execução.

 

Ora, Excelência, como se pode observar, o prosseguimento do feito implicará na realização de medidas que tornarão definitiva a expropriação do único imóvel do executado e no qual reside, devendo ser ressaltado que o executado conta hoje com 68 anos de idade, portadora de Diabete, entre  outras doenças.

 

No sentido de que o bem de família não poderá ser objeto de penhora e nem ao menos de transação, por se tratar de matéria regida por norma de caráter público e, por isso, insuscetível de disposição, César Fiúza estatui que:

 

“O objetivo do legislador foi o de garantir a cada individuo, quando nada, um teto onde morar mesmo que em detrimento dos credores. Em outras palavras, ninguém tem o direito de jogar quem quer que seja na rua para satisfazer um crédito. Por isso o imóvel residencial foi considerado impenhorável. Trata-se aqui, do principio da dignidade da pessoa humana. O valor personalidade tem preeminência neste caso, devendo prevalecer em face de um direito de crédito inadimplido.”

 

Cumpre ressaltar a importância que o Principio da Dignidade da Pessoa Humana assume no ordenamento jurídico, devendo-se estendê-lo não como forma supletiva das lacunas da lei, mas sim como fonte normativa, apta a exercer sua imperatividade e cogência nas relações jurídicas.

 

Nesse sentido, a Carta Magna dispõe que:

 

Art. 1º “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

III- a dignidade da pessoa humana”;

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

 

Nesta seara, seria interessante citar a opinião do autor $[geral_informacao_generica] ao afirmar que pretendeu o constituinte, ao fixar cláusula geral e “mediante o …

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