Petição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA $[processo_vara] VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE $[processo_comarca] - ESTADO DE $[processo_estado]
$[parte_autor_nome_completo], $[parte_autor_nacionalidade], $[parte_autor_maioridade], $[parte_autor_estado_civil], $[parte_autor_profissao], inscrito no CPF sob o nº $[parte_autor_cpf], RG nº $[parte_autor_rg], residente e domiciliado $[parte_autor_endereco_completo], por meio de seu advogado a abaixo subscreve, $[advogado_nome_completo], inscrito na OAB sob o número $[advogado_oab], com escritório localizado na $[advogado_endereco] vem respeitosamente perante Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA DECORRENTE DE DANOS MORAIS
Em face de $[parte_reu_razao_social], que deverá ser intimado na pessoa de seu secretário de saúde, no endereço $[parte_reu_endereco_completo], e $[parte_reu_razao_social], com endereço na $[parte_reu_endereco_completo], pelas seguintes razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
I DAS PARTES
A autora é mãe de $[geral_informacao_generica], falecido em decorrência de imperícia médica na data de $[geral_data_generica], nas dependências do Hospital $[geral_informacao_generica].
As rés são pessoas jurídicas de direito público ($[geral_informacao_generica]), e de direito privado (Hospital $[geral_informacao_generica]), sendo que ambos exercem atividade hospitalar.
Entre as partes existe relação jurídica, pois os atos e omissões de imperícia e negligência médica ocorreram tanto no hospital público, como depois no hospital particular, e os danos morais causados pelas seqüelas da perda de um familiar tão próximo, (o filho de 02 anos da autora) são inevitáveis, e a relação de causa e efeito entre a conduta dos profissionais dos hospitais em voga, $[geral_informacao_generica], e o resultado morte causado em sua seu filho, $[geral_informacao_generica], e a constatação de culpa na modalidade imperícia e negligência no tratamento, é o que basta para constatar o dever de indenizar para amenizar os danos morais ocasionados.
I- DOS FATOS
Parte 1- Atendimento na $[geral_informacao_generica]
Na data de $[geral_data_generica], a autora levou seu filho para ser tratado na $[geral_informacao_generica], pois estava o menor com sintomas que levavam a necessidade de tratamento médico. Nessa primeira consulta, o médico que lhe atendeu, Dr $[geral_informacao_generica], disse que estava com amigdalite, e lhe receitou alguns medicamentos, a saber; Acestilcisteína, paracetamal e ibuprofeno.
Ao passar 03 (três) dias realizando esse tratamento e seguindo as recomendações médicas, na data de $[geral_data_generica], o menor acordou de madrugada com dores na barriga, e a autora o levou para a $[geral_informacao_generica] por volta das 05h:00min da manhã. Outro sintoma do menor era que se apresenta ofegante, e o mesmo médico que o havia atendido na primeira ocasião, dr $[geral_informacao_generica], requisitou um exame de Raio X do pulmão. Nesse exame específico de pulmão nada se constatou de anormal, todavia, ignorou o fato de o problema principal ser as fortes dores de barriga. Quanto as dores que o menor sentia, em vez de pedir um exame detalhado, somente lhe receitou um analgésico, a saber; Buscopam intramuscular. Quando o menor tomou a medicação injetável, sofreu um efeito colateral alérgico, onde ficou cheio de bolinhas vermelhas (dermatite), e adormeceu. A autora preocupada com o que acabara de ver, mostrou a situação de seu filho para o médico, e o mesmo disse que não era nada de grave, e tão somente uma reação alérgica, e lhe receitou outro remédio para ser aplicado em casa.
Nessa senda, a Autora retornou para sua casa e no decorrer do tempo o seu filho somente foi piorando. Preocupada com a situação, a mesma retornou para o hospital $[geral_informacao_generica], só que dessa vez usando o convênio médico, e nesta ocasião foi atendido pela Dra $[geral_informacao_generica], que imediatamente requisitou um exame de raio X do abdômen. O resultado desse exame foi a constatação de distensão de alças intestinais, e imediatamente o encaminhou para hospital modelo Intermédica de $[geral_informacao_generica].
Emérito Julgador, somente nesta parte da história já se percebe a imperícia que levou a morte o menor em razão dos primeiros atendimentos, onde deveria ter realizado com urgência raio X do abdômen. Ou seja, a parcela de culpa por parte do hospital público $[geral_informacao_generica] se encontra aqui narrada nesta primeira parte da trágica história.
Parte 2- tratamento no Hospital $[geral_informacao_generica]
O meio de transporte utilizado para percorrer a trajetória até o hospital particular em Sorocaba foi em uma ambulância. Ao chegar no hospital, a Autora e o menor foram surpreendidos quando foram impedidos de entrar na emergência, e precisaram assinar antes uma papelada, que era a ficha de cadastro e todos os procedimentos burocráticos. Todo esse trâmite burocrático. Depois do procedimento administrativo o menor ficou a espera de um leito, e quando foi disponibilizado, o mesmo foi colocado em observação, e colocaram um aparelho de oxigênio, uma máquina de auferir pressão, e outra para medir os batimentos cardíacos. A partir daí o filho da autora somente foi piorando, situação que fez com que os médicos injetassem adrenalina no menor. A partir daí a Autora percebeu um certo descaso, haja vista a gravidade da situação e o modo como estavam a proceder.
Somente após um grande intervalo de tempo que fora realizado exame de ultrasson, somente quando trocou o plantão e mudaram os médicos, que realizaram o dito exame. Nessa senda, o menor foi piorando cada vez mais, até que já estava com dificuldade extrema para respirar, e correram para a emergência, a aproximadamente meia noite, haja vista que haviam chegado as 17h:00 min.
Na emergência o intubaram, o mandaram para UTI, e a partir daí ficou difícil por parte da autora a visualização de seu filho. Quando a mesma teve acesso novamente de seu filho, viu que o mesmo soltava sangue pela boa e pelo nariz, e a médica lhe disse que o menor no momento da intubação soltou cerca de 300 ml de sangue pela boca, e em ato contínuo, o médico lhe disse que não poderia permanecer na UTI, e a mesma foi para a casa de seu tio. Por volta das 04h:00min a enfermeira liga para a autora e diz a ela que precisariam conversar pessoalmente. Por volta das 04h:30min, quando a autora retornou ao hospital, que soube da noticia de que seu filho havia falecido.
Os médicos chegaram a dar remedio de meningite, sem saber se era essa a doença que acometida o menor. Nessa senda, o medido atestou o óbito de seu filho, e fez uma carta de morte suspeita, para posteriormente poder fazer um B.O para posteriomente poder investigar a morte ocorrida.
Depois que fora realizado o B.O, e a autora retornou para o hospital e a administração não aceitou o documento, informaram que para …