Petição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CIDADE - UF
Nome Completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do Inserir RG e inscrito no Inserir CPF, residente e domiciliado na Inserir Endereço, vem, através de sua procuradora infra-assinada, propor
AÇÃO ORDINÁRIA
em face de Razão Social, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Inserir CNPJ, com sede na Inserir Endereço, e Nome Completo, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no Inserir CPF e Inserir RG, residente e domiciliado na Inserir Endereço, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
Primeiramente, requer o autor seja-lhe concedido o beneficio da justiça gratuita, por não dispor de condições financeiras para arcar com as custas e despesas processuais, sem prejuízo do sustento próprio e de seus familiares, conforme declaração anexa (Lei 1060-50, art. 5, LXXIV da CF-88).
DOS FATOS
O Autor, em meados de novembro de 2005, sofreu um acidente doméstico na sua mão direita, após cair uma madeira em cima de sua mão.
No dia seguinte, ao perceber a mão inchada e sentido dores fortes, dirigiu-se até o Hospital Razão Social, cadastrado em seu convênio, onde o médico que o atendeu diagnosticou fratura no 3º QDD, procedendo a imobilização do dedo através de tala.
Ocorre que, o Autor, por sentir fortes dores na mão e não sentir os movimentos do dedo, dirigiu-se novamente ao Hospital Razão Social, sendo atendido pelo Dr. Nome Completo, ora co-réu, que o encaminhou para tratamento de fisioterapia, mantendo o mesmo tratamento inicial.
Não percebendo melhoras, o Autor retornou ao médico, ora co-réu que mesmo após dois meses de tratamento, diga-se sem melhoras no quadro clinico do Autor, continuou diagnosticando fratura no 3º QDD, conforme documento anexo.
Por sugestão do fisioterapeuta, que atestou não se tratar de fratura, mas sim de botoeira, o Autor procurou outro médico, Dr. Informação Omitida, em meados de janeiro de 2006, que diagnosticou dedo em botoeira, encaminhando-o para uma especialista de cirurgia da mão, Dra. Informação Omitida, pois o seu estado clínico já estava muito avançado.
Excelência, vale ressaltar, os resultados do tratamento tardio, no caso de dedo em botoeira, não proporciona bons resultados, sendo necessária intervenção cirúrgica para tentativa de restaurar a mobilidade articular do dedo.
Mobilidade essa perdida em razão de insistente e inadequado tratamento de fratura, quando na verdade o Autor estava acometido de dedo em botoeira, cujo tratamento é totalmente diferente de simples fratura e satisfatório quando iniciado tão logo a ocorrência do trauma na fase aguda (até 2 (duas) semanas da lesão).
O diagnóstico correto só foi dado quando o Autor já se encontrava na fase crônica do dedo em botoeira, ou seja, após 8 (oito) semanas da lesão, e por outro médico.
Devido à demora no diagnóstico correto da lesão, o Autor passou a sofrer de deformidade em botoeira crônica, tendo que se submeter a uma cirurgia, mas sem muitas chances de restaurar os movimentos do dedo, por ser apenas uma tentativa de eventual melhora no seu quadro clínico.
Além do dano sofrido por não ter tido inicialmente um tratamento adequado, o Autor está experimentando outros danos:
O Autor exerce a função de policial militar, na qual trabalhava atuando em serviços externos, armado, com horário flexível de trabalho e por essa razão recebia uma quantia superior ao salário, pois contava com adicional de periculosidade, adicional noturno, benefícios, etc.
Após o acidente, o Autor encontra-se afastado do trabalho e já foi comunicado por seus superiores que, ao voltar as suas funções, será readaptado para a área administrativa, onde além de auferir ganho mensal inferior, pois não mais contará com os referidos adicionais e benefícios, e não poderá manusear uma arma, terá ainda um horário fixo que não permitirá a continuidade de seus estudos (engenharia da computação, período matutino).
Desse modo, as chances de promoção do Autor, em função de seu trabalho, foram descartadas com o acometimento da doença, permanecendo, ao retornar para o trabalho, sem nenhuma perspectiva de crescimento profissional.