Direito Civil

Atualizado 14/06/2024

Abandono de lar e alienação parental: consequências e medidas legais

Carlos Stoever

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Abandono de lar e alienação parental: consequências e medidas legais

O abandono de lar pode ter repercussões significativas nas relações familiares, especialmente quando combinado com a alienação parental. 

Este artigo explora as consequências do abandono de lar e da alienação parental, destacando as medidas legais disponíveis para proteger os interesses dos filhos e dos cônjuges envolvidos.

Conceito de alienação parental

Alienação parental é a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, avós ou qualquer adulto responsável, com o objetivo de repudiar o outro genitor ou causar prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

Lei da Alienação Parental (Lei nº 12.318/2010)

  • "Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este."

Exemplos de Alienação Parental

  • Desqualificação do outro genitor: Falar mal do outro pai ou mãe na frente da criança.

  • Interferência nas visitas: Dificultar ou impedir o contato do outro genitor com a criança.

  • Manipulação emocional: Fazer com que a criança se sinta culpada por gostar do outro genitor.

Impacto Emocional nas Crianças

O abandono de lar, combinado com a alienação parental, pode causar sérios danos emocionais às crianças, incluindo ansiedade, depressão e problemas de relacionamento.

Sintomas Comuns

  • Ansiedade e insegurança.

  • Baixa autoestima.

  • Dificuldades escolares e sociais.

Prejuízo nas Relações Familiares

A alienação parental pode destruir os vínculos entre a criança e o genitor alienado, comprometendo a formação de um ambiente familiar saudável e equilibrado.

Exemplos de Prejuízo

  • Relações tensas e conflituosas entre pais e filhos.

  • Isolamento do genitor alienado.

Ação Judicial de Alienação Parental

O genitor alienado pode ingressar com uma ação judicial para reconhecer a prática de alienação parental e solicitar medidas para proteger a criança.

Lei da Alienação Parental (Artigo 6º)

  • "Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em qualquer momento processual, o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente."

Medidas Protetivas

O juiz pode determinar diversas medidas protetivas para cessar a alienação parental, incluindo a alteração da guarda, a fixação de regime de convivência familiar e a realização de acompanhamento psicológico.

Exemplos de Medidas Protetivas

  • Alteração da guarda para o genitor alienado.

  • Estabelecimento de regime de visitas supervisionadas.

  • Acompanhamento psicológico para a criança e os pais.

Comunicação Aberta e Saudável

Manter uma comunicação aberta e saudável entre os pais é fundamental para prevenir a alienação parental e proteger o bem-estar das crianças.

Dicas de Comunicação

  • Evitar falar mal do outro genitor na presença da criança.

  • Manter o foco no bem-estar da criança durante as conversas.

  • Estabelecer regras claras e consistentes para a convivência familiar.

Mediação Familiar

A mediação familiar pode ser uma ferramenta eficaz para resolver conflitos e evitar a alienação parental, promovendo um ambiente de cooperação e entendimento entre os pais.

Benefícios da Mediação

  • Resolução pacífica de conflitos.

  • Promoção do diálogo e da cooperação entre os pais.

  • Foco no melhor interesse da criança.

Considerações Finais

O abandono de lar, aliado à alienação parental, pode ter consequências devastadoras para as crianças e as relações familiares. É essencial que os pais compreendam os impactos emocionais e legais dessas ações e busquem medidas para proteger o bem-estar dos filhos. Advogados, psicólogos e mediadores podem oferecer suporte valioso para resolver esses conflitos e promover um ambiente familiar saudável.

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Carlos Stoever

(Advogado Especialista em Direito Público)

Advogado. Especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Consultor de Empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas. Palestrante na área de Licitações e Contratos Administrativos, em cursos abertos e in company. Consultor em Processos Licitatórios e na Gestão de Contratos Públicos.

@calos-stoever

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