Direito do Consumidor

Modelo de Inicial. Obrigação de Fazer. Danos Morais. Remarcação de Viagem | Adv.Sara

Resumo com Inteligência Artificial

Ação de obrigação de fazer para remarcação de viagem e danos morais. Autor solicita restituição de R$ 2.138,00, devido ao cancelamento por COVID-19, e condenação por multa abusiva de 40%. Requer inversão do ônus da prova e indenização por danos morais de R$ 10.000,00.

93visualizações

2downloads

Sobre este documento

Petição

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA $[PROCESSO_VARA] VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE $[PROCESSO COMARCA] $[PROCESSO_UF]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

$[parte_autor_nome_completo],$[parte_autor_nacionalidade], $[parte_autor_estado_civil], $[parte_autor_profissao], portador do $[parte_autor_rg] e inscrito no $[parte_autor_cpf], residente e domiciliado na $[parte_autor_endereco_completo], vem, mui respeitosamente perante V. Exa. através dos procuradores in fine assinados, propor a presente

 

AÇÃO OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS

 

em face de $[parte_reu_razao_social], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no $[parte_reu_cnpj], com sede na $[parte_reu_endereco_completo] pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

 

DOS FATOS

 

Em 30/11/2019, o Requerente adquiriu um pacote de viagem para seus pais, o pacote era composto de passagem aérea com sete diárias em hotel com destino às cidades de Maceió, Maragogi, Porto de Galinhas e Gunga. O valor pago foi de R$ 2.138,00 (dois mil cento e trinta e oito reais) parcelado no cartão de crédito, cujo número do pedido 5167660.  A viagem estava marcada para 30/03/2020.

 

Ocorre que em março de 2020 o mundo se deparou com o avanço da COVID-19 e a decretação de pandemia com o fechamento de aeroportos, fronteiras e o consequente cancelamento de voos no Brasil e no mundo.

 

Assim, a viagem fora cancelada, tendo sido editada a MP nº $[geral_informacao_generica], sobre as medidas emergenciais para cancelamento, reembolso de passagens aéreas em decorrência da pandemia Covid-19, tendo o requerente entrado em contato com o requerido para buscar uma solução para o seu caso.

 

Pois bem, em 16/05/20, foi efetuado o uso do crédito para compra de um pacote igual, com o pagamento da diferença. Ou seja, o valor do novo pacote com desconto era de R$ 1.998,00 (hum mil cento e noventa e oito reais), descontados os R$ 1068,00 (hum mil e sessenta e oito reais) já pagos que ficou como crédito mais a diferença de R$ 930,00 (novecentos e trinta reais) que foram pagos de maneira parcelada no cartão de crédito, restando ainda um saldo credor de R$140,00 (cento e quarenta reais) que por alguma razão o requerido, reteve. 

 

Houve melhora da situação e em consequência a remarcação da viagem para 23/03/2021. Porém, com o novo agravamento da pandemia no nosso país, não é possível que os pais do requerente, que são pessoas do grupo de risco, sejam obrigados a viajar, correndo o risco de se contaminarem e o pior acontecer.

 

Diante do impasse, o Autor solicitou novamente a remarcação da viagem, mas a empresa informou que iria aplicar uma multa de 40% (quarenta) por cento do valor pago, o que é extremamente abusiva.

 

Ao enviar uma reclamação por e-mail ao requerido, verifica-se que a empresa sequer cumpriu o prazo para resposta, deixando o requerente diante da sua omissão.

 

Ressalte-se que diante de todo esse imbróglio, o Autor deseja exercer o seu direito de remarcação da viagem ou subsidiariamente a restituição do valor pago sem incidência de multas, tendo em vista que o cancelamento ocorreu em decorrência da Pandemia Covid-19, sem qualquer culpa da parte autora, que é consumidor e hipossuficiente na relação de consumo.

 

Logo, após diversas tentativas para realizar amigavelmente o ressarcimento do valor, sem êxito, veio buscar amparo perante este Juízo. Assim, vem o Requerente socorrer-se do Poder Judiciário para ser reparado pelos danos materiais e morais sofridos devido a falha na prestação do serviço da empresa requerida.

 

DO DIREITO

 

O Código de Defesa do Consumidor, bem como a nossa legislação pátria e jurisprudência embasam a pretensão autoral. Vejamos:

 

A Lei 14.034/2020 (Medida Provisória nº 925/2020), dispõe sobre medidas emergenciais para aviação civil brasileira em razão da pandemia da Covid-19. Sendo que o art. 3º, assim prevê:

 

Art. 3º O reembolso do valor da passagem aérea devido ao consumidor por cancelamento de voo no período compreendido entre 19 de março de 2020 e 31 de dezembro de 2020 será realizado pelo transportador no prazo de 12 (doze) meses, contado da data do voo cancelado, observadas a atualização monetária calculada com base no INPC e, quando cabível, a prestação de assistência material, nos termos da regulamentação vigente.

§ 1º Em substituição ao reembolso na forma prevista no caput deste artigo, poderá ser concedida ao consumidor a opção de receber crédito de valor maior ou igual ao da passagem aérea, a ser utilizado, em nome próprio ou de terceiro, para a aquisição de produtos ou serviços oferecidos pelo transportador, em até 18 (dezoito) meses, contados de seu recebimento.

§ 2º Se houver cancelamento de voo, o transportador deve oferecer ao consumidor, sempre que possível, como alternativa ao reembolso, as opções de reacomodação em outro voo, próprio ou de terceiro, e de remarcação da passagem aérea, sem ônus, mantidas as condições aplicáveis ao serviço contratado.

§ 3º O consumidor que desistir de voo com data de início no período entre 19 de março de 2020 e 31 de dezembro de 2020 poderá optar por receber reembolso, na forma e no prazo previstos no caput deste artigo, sujeito ao pagamento de eventuais penalidades contratuais, ou por obter crédito de valor correspondente ao da passagem aérea, sem incidência de quaisquer penalidades contratuais, o qual poderá ser utilizado na forma do § 1º deste artigo.

§ 4º O crédito a que se referem os §§ 1º e 3º deste artigo deverá ser concedido no prazo máximo de 7 (sete) dias, contado de sua solicitação pelo passageiro.

(Grifo nosso)

 

Assim, de acordo com o exposto na lei, o autor tem direito ao pleito de remarcação do pacote de …

Assine JusDocs

O conteúdo completo desta peça é exclusivo para assinantes do Plano Básico

Tenha acesso imediato a esta e muitas outras Petições elaboradas por advogados especialistas.

Assine agora e cancele quando quiser.
Avançado
R$ 99,90
/mêsFaturado mensalmente

+30 mil petições utilizadas na prática

Busca avançada de Jurisprudência

Jurimetria Inteligente Saiba sua real chance de êxito em cada processo

Petições Premium atualizadas e revisadas pelo JusDocs

Fluxogramas jurídicos para auxiliar na tomada de decisão

Editor de documentos com inteligência artificial

Gerador de Petições com IA
5 créditos /mês

Utilizamos cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com nossa Política de Privacidade.