Petição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA $[PROCESSO_VARA] VARA CÍVEL DA COMARCA DE $[PROCESSO_COMARCA] - $[PROCESSO_UF]
$[parte_autor_nome_completo],$[parte_autor_nacionalidade], $[parte_autor_estado_civil], $[parte_autor_profissao], portador do $[parte_autor_rg] e inscrito no $[parte_autor_cpf], residente e domiciliado na $[parte_autor_endereco_completo], vem, mui respeitosamente perante V. Exa. através dos procuradores in fine assinados, propor a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA DECORRENTE DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
Em face de $[parte_reu_razao_social], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no $[parte_reu_cnpj], com sede na $[parte_reu_endereco_completo] pelas seguintes razões de fatos e de direito a seguir expostas.
DAS PARTES
A Autora é pessoa física que possui contrato de prestação de serviços de assistência odontológica com a Requerida. A Ré é pessoa jurídica de direito privado que exerce atividade referente à odontologia.
Entre as partes existe relação jurídica, vez que os danos materiais e morais foram causados por má prestação de serviço, existindo assim relação de causa e efeito entre a conduta dos profissionais da Cooperativa, e o resultado de danos dentários e agravamento dos problemas relacionado à saúde bucal, e a constatação de culpa na modalidade imperícia e negligência no tratamento, é o que basta para constatar o dever de indenizar para amenizar os danos morais causados e materiais causados.
DOS FATOS
II.1- 1° PARTE
Os transtornos experimentados pela Autora começaram em meados de dezembro de 2016, quando celebrou contrato de prestação de serviços com a Requerida, sendo que logo após, em abril de 2017 começou a sentir dores em alguns de seus dentes, e assim precisou colocar uma coroa em seu dente n°25 e n° 35.
O primeiro tratamento foi referente ao implante de uma coroa dentária, o qual foi encaminhado ao Dr. $[geral_informacao_generica] (CRO: $[geral_informacao_generica]) para a execução do serviço. O procedimento ortodôntico consistiu em implantar uma coroa no dente 25 e 35, o qual perdurou por 05 meses esse procedimento, pois ocasionalmente eram necessários ajustes.
A execução desse serviço prejudicou demasiadamente a saúde bucal da Autora, pois a cada sessão, e como conseqüência após a sessão, as coroas ocasionavam muita dor , sendo muito difícil passar fio dental, pois ficou “degrau”, e assim grudava, causava odor, e acima das coroas sempre ficavam inflamadas. Em razão disso a Autora entrava em contato com o profissional e o mesmo sempre dizia que era normal, que estava tudo bem.
Depois de mais de 06 meses de muita dor e desconforto, o profissional recomendou fazer um levantamento de cora gengival, sendo que assim acreditava que poderia melhorar os sintomas. Convém destacar que esse procedimento nunca pareceu seguro aos olhos da Autora, pois já estava desconfiada das técnicas utilizadas pelo dentista, já que fazia certo tempo que o tratamento não estava dando resultado satisfatório, e na verdade muito pelo contrário, estava piorando. Esse novo tratamento de levantamento de coroa consistia em cirurgia, o que levou ainda mais a desconfiança na Autora, pois o tratamento parecia muito duvidoso haja vista o que a mesma já havia passado.
Nessa senda a Autora pediu cópia do prontuário e as radiografias do antes e depois que o mesmo tirou no consultório, mas essas radiográficas nunca foram entregues, sob a seguinte explicação:
“Dizia do dentista ter colocado em uma caixa junto com várias outras radiografia de outros pacientes e que as demais estariam na $[geral_informacao_generica].”
Autora ao entrou em contato com a $[geral_informacao_generica] (Ré) e a mesma dizia que não seria necessário, porém iriam providenciar, e lhe indicariam uma pessoa certa para resolver toda a questão, como recomeçar o tratamento.
Nesse ínterim, a Autora fora encaminhada a procurar a sede da $[geral_informacao_generica] para realizar auditoria. Ao chegar para fazer a auditoria, foi recebido pelo vice presidente Dr $[geral_informacao_generica], e lhe disse que todo o incômodo e problema bucal em suas coroas eram decorrentes de alergia. (A Autora estranhou, vez que embora leiga, acreditou que não se tratava de alergia, pois havia muita dor, causava odor e sempre estavam inflamada, o que até numa visão de olhos leigos não se parece com sintomas de alergia).
Sendo assim, fora encaminhada para uma segunda dentista, a Dra. $[geral_informacao_generica], CRO n° $[geral_informacao_generica], que era especialista no caso em questão, sendo a responsável em fazer as coroas para a $[geral_informacao_generica]. Convém destacar que não foi resolvido nada com o encaminhamento para a Dra em questão.
Como nada fora resolvido, a Autora não teve outra opção senão pedir a 1° auditoria na $[geral_informacao_generica] sendo que até então não lhe haviam entregue nenhuma radiografia e nenhum outro documento, e a sua saúde bucal continuou com os problemas.
Vejamos a conversa por watsaap que a Autora teve com a Dra $[geral_informacao_generica]:
Meritíssimo juiz, a conversa por watsaap com a Dra $[geral_informacao_generica]revela um absurdo quanto a organização e procedimentos tomados pelos dentistas, uma vez que a presidente disse que o pino nela colocado não fora autorizado pela $[geral_informacao_generica], e que se o dentista havia colocado não fora pago a ele pela Cooperativa. Acontece que tal alegação beira o absurdo, vez que na guia de procedimentos, onde aparece lançamento do procedimento, vejamos:
II.2- SEGUNDA PARTE
Após a primeira auditoria a Autora foi encaminhada para outro dentista, a Dra $[geral_informacao_generica], que também é a presidente da Cooperativa. Acontece que todo os procedimentos adotados foram duvidosos, e a Autora sofreu por quase 02 anos, sempre com muita dor e a coroa que ela havia colocado deu infiltração.
Durante esse período, a Autora em 15 de julho de 2019 compareceu em outro dentista que não era do plano, a qual o socorreu e descreveu que o dente estava perdido sem suporte para coroa, e que havia necessidade de implante. Muito estranho que em todo esse tempo, somente um dentista que não era do plano dera o diagnóstico correto, sendo que na verdade os próprios dentistas dos planos deveriam ter dado tal diagnóstico.
Meritíssimo juiz, existem inúmeras peculiaridades e procedimentos realizados nesses dois anos que foram traumatizantes para a Autora, sendo que a sua saúde declinou drasticamente e atualmente vive diariamente tomando antibióticos (amoxilina) e analgésicos. Todos os procedimentos foram duvidosos, e se a Ré não fosse capaz de cuidar de sua paciente, deveria ter-lhe dito para que a mesma tomasse outras providências.
Sendo assim, os gastos com os procedimentos foram inúteis, vez que além de não resolver os problemas de saúde bucal da Autora , a prejudicou ainda mais, gerando seqüelas irreversíveis, sendo que precisou comparecer diversas vezes em pronto socorro para tratar da endocardite e outras complicações que advieram pelo mau procedimento executado pela clínica odontológica, situação que comprova os danos morais suportados.
DO DIREITO
A presente ação tem como fundamento …