Direito Processual Civil

Perempção no Novo Código de Processo Civil (CPC)

Atualizado 08/02/2024

3 min. de leitura

Perempção no Novo Código de Processo Civil (CPC)

O Novo Código de Processo Civil (CPC), em vigor desde 2016, trouxe uma série de mudanças e atualizações significativas para o sistema processual brasileiro. Uma dessas alterações diz respeito à perempção, um conceito fundamental no direito processual. Neste artigo, iremos analisar as mudanças introduzidas pelo Novo CPC em relação à perempção, como elas impactam os litigantes e a importância de compreender as novas regras processuais.

Mudanças introduzidas pelo novo CPC

A perempção é um conceito jurídico que se refere à perda do direito de agir ou ao fim de uma ação judicial devido a uma negligência ou inércia por parte do autor. Em outras palavras, a perempção ocorre quando o autor de um processo não cumpre com seus deveres processuais ou não avança com a ação dentro dos prazos estabelecidos pela lei.

O objetivo da perempção é manter a eficiência e a celeridade do sistema judiciário, impedindo que ações judiciais fiquem pendentes indefinidamente devido à falta de interesse ou diligência das partes.

O Novo CPC trouxe algumas mudanças significativas em relação à perempção, visando tornar o processo mais eficiente e evitar a procrastinação injustificada das partes.

Prazo para promoção do andamento do processo

Uma das principais mudanças introduzidas pelo Novo CPC é a definição de prazos para que o autor promova o andamento do processo. De acordo com o artigo 485 do CPC, se o autor não tomar as providências necessárias para impulsionar o processo por mais de 3 (três) anos, o juiz poderá declarar a perempção e extinguir o processo.

Essa alteração busca evitar a paralisação indefinida de processos judiciais, incentivando as partes a avançarem com suas ações de forma diligente.

Ampliação das hipóteses de perempção

O Novo CPC ampliou as hipóteses de perempção em relação ao CPC anterior. Além da inatividade do autor por mais de 3 (três) anos, o novo código estabelece que a perempção também ocorrerá nos casos em que o autor abandonar o processo ou quando o autor desistir da ação.

Essas alterações visam coibir a apresentação de ações judiciais sem um real interesse ou propósito, evitando que o sistema seja sobrecarregado com processos desnecessários.

Impacto nos litigantes

As mudanças relacionadas à perempção no Novo CPC têm um impacto direto nos litigantes e nas estratégias processuais. É fundamental que os advogados e as partes envolvidas compreendam as novas regras e atuem de acordo com os prazos e procedimentos estabelecidos.

Responsabilidade dos advogados

Os advogados desempenham um papel fundamental na prevenção da perempção. Eles devem estar atentos aos prazos processuais, manter contato com seus clientes e tomar as medidas necessárias para impulsionar o processo. A negligência ou inatividade do advogado pode levar à perempção e à extinção do processo.

Estratégia processual

As mudanças introduzidas pelo Novo CPC também exigem uma revisão das estratégias processuais. As partes envolvidas devem ser proativas na condução de seus casos, evitando qualquer atraso injustificado. Além disso, a desistência ou o abandono da ação devem ser cuidadosamente ponderados, pois podem resultar em perempção.

A compreensão das novas regras relacionadas à perempção no Novo CPC é fundamental para evitar a perda de direitos processuais e para garantir que os litigantes possam buscar efetivamente a resolução de seus conflitos no âmbito judicial.

Além disso, a adequada compreensão das regras de perempção é essencial para a atuação responsável dos advogados, que têm o dever ético e profissional de zelar pelos interesses de seus clientes e garantir o cumprimento dos prazos processuais.

Considerações finais

A perempção é um conceito importante no direito processual brasileiro, e as mudanças introduzidas pelo Novo CPC têm o objetivo de tornar o sistema mais eficiente e evitar a procrastinação injustificada dos processos judiciais. É fundamental que os litigantes e seus advogados estejam cientes das novas regras relacionadas à perempção e atuem de acordo com os prazos e procedimentos estabelecidos pela lei.

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Carlos Stoever

(Advogado Especialista em Direito Público)

Advogado. Especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Consultor de Empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas. Palestrante na área de Licitações e Contratos Administrativos, em cursos abertos e in company. Consultor em Processos Licitatórios e na Gestão de Contratos Públicos.

@calos-stoever

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