Direito do Trabalho

Honorários advocatícios em casos de danos morais

Atualizado 05/01/2024

3 min. de leitura

Honorários advocatícios em casos de danos morais

As ações por danos morais são uma área importante do direito civil, buscando compensar indivíduos que sofreram lesões em sua esfera moral, emocional ou reputação devido a atos ilícitos de terceiros. Em tais casos, além das indenizações, os honorários advocatícios são um aspecto relevante a ser considerado. 

Este artigo explora como os honorários advocatícios são determinados em casos de danos morais, considerando a responsabilidade civil e as indenizações, de acordo com a legislação brasileira.

Regulamentação dos honorários em casos de danos morais

A regulamentação dos honorários advocatícios em casos de danos morais é estabelecida principalmente no Código de Processo Civil (CPC), nos artigos 85 a 90. Essa legislação fornece as diretrizes gerais para a fixação dos honorários em todas as fases do processo judicial, incluindo ações por danos morais.

Princípio da sucumbência

O princípio da sucumbência é fundamental para compreender como os honorários advocatícios são determinados em casos de danos morais. Ele estabelece que a parte vencida em um processo deve arcar com as despesas, incluindo os honorários do advogado da parte vencedora. No entanto, é importante observar que a parte que ingressa com a ação por danos morais não é automaticamente responsável pelos honorários da parte contrária.

Critérios para fixação dos honorários

A fixação dos honorários advocatícios em casos de danos morais considera diversos fatores, conforme estabelecido no artigo 85 do CPC. Alguns desses critérios incluem o grau de zelo do profissional, a complexidade da causa, o tempo despendido, o valor da causa e a natureza da questão. A discricionariedade do juiz desempenha um papel significativo na determinação dos honorários, garantindo que eles sejam justos e proporcionais.

Custas processuais

Além dos honorários advocatícios, as partes envolvidas em ações por danos morais também devem considerar as custas processuais. As custas processuais são despesas relacionadas à tramitação do processo e podem incluir taxas judiciárias, perícias, entre outras. Normalmente, a parte vencida no processo é responsável por arcar com as custas processuais.

Responsabilidade civil 

A responsabilidade civil em casos de danos morais é regida pelo Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002). De acordo com esse código, a pessoa que causar dano a outra, seja por ação ou omissão, fica obrigada a repará-lo. Isso inclui danos morais, que envolvem lesões à honra, imagem, dignidade e outros aspectos não patrimoniais.

Prova do dano moral

Para que seja concedida uma indenização por danos morais, é necessário comprovar a ocorrência do dano. Isso geralmente envolve a apresentação de evidências, como testemunhos, documentos e outros elementos que demonstrem a extensão do dano à vítima.

Fixação da indenização

A fixação do valor da indenização por danos morais é uma tarefa do juiz e deve ser feita com base em critérios como a gravidade do dano, a capacidade econômica das partes envolvidas, o caráter punitivo da indenização e a finalidade compensatória. É importante destacar que a indenização por danos morais não deve enriquecer a vítima, mas sim reparar o prejuízo sofrido.

Aplicação do princípio da sucumbência

Nos casos de ações por danos morais, a aplicação do princípio da sucumbência é essencial para a determinação dos honorários advocatícios. Isso significa que a parte vencida na ação por danos morais será responsável por arcar com os honorários do advogado da parte vencedora. No entanto, os honorários não devem ser exorbitantes, mas proporcionais à complexidade do caso e ao trabalho realizado pelo advogado.

Cálculo dos honorários

O cálculo dos honorários advocatícios em ações por danos morais é uma tarefa delicada. O juiz deve levar em consideração os critérios estabelecidos no artigo 85 do CPC, bem como a gravidade do dano moral e a extensão do trabalho realizado pelo advogado da parte vencedora. O objetivo é garantir que os honorários sejam justos e razoáveis.

Acordo entre advogado e cliente

Em muitos casos, os advogados e seus clientes estabelecem acordos prévios quanto aos honorários em ações por danos morais. Esses acordos podem incluir um percentual da indenização recebida como remuneração pelo trabalho do advogado. No entanto, é importante que esses acordos sejam transparentes e estejam de acordo com as regras éticas da advocacia.

Os honorários advocatícios desempenham um papel significativo em ações por danos morais, onde a responsabilidade civil e as indenizações estão em jogo. A regulamentação dos honorários, baseada no CPC, garante que os advogados sejam devidamente remunerados pelo trabalho realizado, seguindo critérios de proporcionalidade e justiça.

Além disso, a fixação da indenização por danos morais é uma parte crucial dessas ações, e o valor da indenização deve ser determinado com base em critérios objetivos e proporcionais à extensão do dano sofrido pela vítima.

Considerações finais

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Carlos Stoever

(Advogado Especialista em Direito Público)

Advogado. Especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Consultor de Empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas. Palestrante na área de Licitações e Contratos Administrativos, em cursos abertos e in company. Consultor em Processos Licitatórios e na Gestão de Contratos Públicos.

@calos-stoever

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