Diferenças entre ato ordinatório, decisões e despachos
Atualizado 12/01/2024
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No contexto do processo judicial brasileiro, termos como “ato ordinatório”, “decisões” e “despachos” são frequentemente utilizados. Embora esses termos possam parecer similares, eles têm significados distintos e desempenham papéis específicos no decorrer de um processo. Neste artigo, exploraremos as diferenças cruciais entre atos ordinatórios, decisões e despachos, destacando a importância de compreender esses conceitos para a prática jurídica. Além disso, discutiremos como o Jus Docs pode ser uma ferramenta valiosa na gestão de documentos jurídicos ao longo do processo.
Ato ordinatório
Um ato ordinatório é uma ação realizada pelo cartório judicial ou pelo juiz com o objetivo de dar andamento ao processo, sem envolver julgamento ou decisão de mérito. Esses atos têm caráter administrativo e são essenciais para a organização do processo e para garantir que todas as partes estejam cientes das etapas a serem seguidas.
Exemplos de ato ordinatório
- Intimação das partes para apresentar documentos ou manifestar-se em relação a determinados aspectos do processo.
- Marcação de audiências.
- Análise da regularidade formal de documentos apresentados pelas partes.
- Catalogação e organização dos documentos do processo.
Os atos ordinatórios são fundamentais para manter a ordem e a regularidade do processo judicial. Eles asseguram que os prazos sejam cumpridos, que as partes sejam notificadas de decisões relevantes e que o processo siga as regras estabelecidas pela lei.
Decisões
As decisões representam pronunciamentos do juiz sobre questões relevantes no processo. Diferentemente dos atos ordinatórios, as decisões envolvem uma análise de mérito e podem ter impacto direto nas partes envolvidas. Elas podem ser interlocutórias (provisórias e sujeitas a recursos) ou sentenças (definitivas e com potencial para encerrar o processo).
Exemplos de decisões
- Conceder ou negar medidas liminares.
- Julgar procedentes ou improcedentes pedidos das partes.
- Decidir sobre a admissibilidade de provas.
- Determinar a condenação ou absolvição em ações criminais.
As decisões são o cerne do processo judicial, pois representam as conclusões do juiz sobre os pontos controversos. Elas têm impacto direto nas partes e frequentemente são sujeitas a recursos, permitindo a revisão por instâncias superiores. Portanto, as decisões desempenham um papel crítico na busca pela justiça.
Despachos
Os despachos são comunicações escritas emitidas pelo juiz para dar encaminhamento ao processo. Eles não envolvem decisões substanciais e, geralmente, são utilizados para questões administrativas e de procedimento. Os despachos podem conter orientações para as partes, solicitações de esclarecimentos ou determinações de providências a serem tomadas.
Exemplos de despachos
- Designação de prazos para apresentação de documentos ou alegações.
- Pedido de esclarecimentos sobre pontos específicos do processo.
- Orientações sobre a realização de perícias ou audiências.
Os despachos são importantes para garantir a fluidez do processo e para esclarecer procedimentos a serem seguidos pelas partes. Eles podem fornecer diretrizes claras sobre como avançar no processo e, em alguns casos, ajudar a evitar atrasos desnecessários.
Diferenças cruciais entre ato ordinatório, decisões e despachos
Agora que compreendemos as definições e importâncias individuais de atos ordinatórios, decisões e despachos, é hora de destacar as diferenças cruciais entre esses conceitos:
Natureza e Conteúdo
- Ato Ordinatório: Tem natureza administrativa e não envolve decisão de mérito. Geralmente, trata de questões procedimentais e organizacionais.
- Decisões: Representam pronunciamentos do juiz sobre mérito, com impacto direto nas partes. Podem ser interlocutórias ou sentenças.
- Despachos: São comunicações do juiz para encaminhamento do processo, sem envolver decisões substanciais. Tratam de questões administrativas.
- Poder de Impacto
- Ato Ordinatório: Tem impacto limitado nas partes e não afeta diretamente o mérito da causa.
- Decisões: Podem ter um impacto significativo nas partes, pois envolvem julgamento de mérito e podem influenciar o resultado final do processo.
- Despachos: Têm impacto moderado, geralmente relacionado a questões procedimentais e organizacionais.
Recursos
- Ato Ordinatório: Geralmente não é passível de recurso direto, uma vez que não envolve decisão de mérito.
- Decisões: São frequentemente sujeitas a recursos, permitindo que as partes contestem as conclusões do juiz.
- Despachos: Podem ser objeto de recurso em casos específicos, se envolverem questões relevantes para o processo.
Como lidar com atos ordinatórios, decisões e despachos na prática jurídica?
Para advogados e partes envolvidas em um processo judicial, é fundamental compreender como lidar com atos ordinatórios, decisões e despachos de forma eficiente:
Atos Ordinatórios
- Fique atento às intimações e prazos estabelecidos nos atos ordinatórios.
- Cumpra as obrigações determinadas, como a apresentação de documentos ou a manifestação sobre questões específicas.
- Mantenha um calendário atualizado para evitar a perda de prazos.
- Decisões
- Analise cuidadosamente as decisões do juiz e avalie se há fundamentos para interpor recursos.
- Consulte um advogado especializado em recursos para orientação sobre a melhor estratégia a ser adotada.
- Esteja ciente dos prazos para apresentação de recursos, que podem variar de acordo com o tipo de decisão.
- Despachos
- Siga as orientações fornecidas nos despachos do juiz, cumprindo as providências solicitadas.
- Esteja disponível para esclarecimentos ou esclarecimento de dúvidas, se solicitado pelo juiz.
- Mantenha um registro organizado dos despachos emitidos ao longo do processo.
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