A contagem de prazo e justiça digital: novas perspectivas
Atualizado 08/02/2024
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Com o avanço da tecnologia e sua maior presença no nosso dia a dia, um aspecto muito importante nesse cenário é a contagem dos prazos nos processos judiciais, algo que tem impacto direto na rapidez e eficiência do sistema. O Novo Código de Processo Civil (CPC) trouxe regras novas sobre como contar esses prazos.
Essa mudança não é só sobre números e datas, ela significa uma adaptação necessária para lidar com a era digital.
Ao entender como isso funciona, podemos perceber como o judiciário está se esforçando para ser mais rápido e acessível para todos nós.
Neste artigo, vamos explorar essas novidades de um jeito fácil de entender, trazendo mais informações sobre o CPC e como essas regras afetam os Juizados Especiais.
Vem com a gente e entenda como a contagem de prazos na justiça digital é um passo importante para um sistema jurídico mais moderno e que funciona melhor para todos nós!
Justiça digital no Brasil: A justiça 4.0
O digital chegou na Justiça brasileira e hoje vivemos o que é chamado de “Justiça 4.0”, que representa um avanço significativo na modernização do sistema judiciário brasileiro.
Essa é uma forma de aproximar ainda mais da sociedade por meio da implementação de inovações tecnológicas e inteligência artificial.
A Justiça 4.0 iniciativa impulsiona de maneira substancial a transformação digital no âmbito do Judiciário, visando assegurar a prestação de serviços mais céleres, eficazes e acessíveis à população.
Ao introduzir soluções digitais colaborativas, capazes de automatizar diversas atividades dos tribunais, trabalho dos magistrados, servidores e advogados, são otimizados e isso estabelece um novo paradigma de eficiência no sistema judicial.
Uma abordagem como essa garante um aumento significativo na produtividade, promovendo celeridade nos processos judiciais.
Além disso, um sistema judiciário cada vez mais digital que fortalece a governança e a transparência em todas as etapas do ciclo processual.
Algo interessante de se destacar é que a justiça digital assume o compromisso em manter o acesso equitativo à justiça, proporcionando uma experiência mais inclusiva e eficiente para todos os envolvidos no sistema judicial.
Essa convergência entre tecnologia e justiça evidencia um esforço contínuo para aprimorar a qualidade e a eficácia do serviço judiciário no país.
Nova legislação para a contagem de prazo
O Novo Código de Processo Civil (CPC) estabeleceu importantes diretrizes para a contagem de prazos na justiça digital brasileira, conforme disposto no art. 219.
Conforme essa normativa, a contagem dos prazos deve ocorrer exclusivamente em dias úteis, excluindo sábados, domingos, feriados e dias sem expediente forense (art. 216, CPC/2015).
Não somente, os artigos 218 a 235 do Novo CPC detalham a regra para a contagem de prazo processual, destacando que esta é feita em dias úteis, excluindo o dia do início e incluindo o dia do vencimento, a menos que haja disposição em contrário.
Adicionalmente, os feriados passaram a exercer influência direta na contagem dos prazos, estendendo sua duração.
Portanto, é crucial levar em consideração esses dias não úteis na gestão do tempo processual.
Destaca-se, também, a relevância de considerar os feriados municipais, exigindo uma atenção redobrada.
Nessas circunstâncias, os prazos continuam a transcorrer normalmente nas comarcas onde o feriado não é aplicável.
Já no que diz respeito aos Juizados Especiais, uma significativa mudança ocorreu com a sanção do Projeto de Lei nº. 10.020/2018 no final de 2018.
Nela, fica estabelecida a contagem de prazos em dias úteis para qualquer ato processual, inclusive interposição de recursos, nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juizados Especiais Federais e dos Juizados Especiais da Fazenda Pública.
Essa determinação foi formalizada pela Lei 13.728/18, resultando em uma regra clara e uniforme no âmbito dos Juizados Especiais.
Essa conscientização é fundamental para evitar contratempos e assegurar o cumprimento dos prazos estipulados pelo Novo CPC.
As novas perspectivas da contagem de prazo e a justiça digital
A contagem de prazo processual é um tema que sempre gerou muitas dúvidas e discussões entre os operadores do direito.
Com a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil (CPC) em 2016, houve uma mudança significativa na forma de calcular os prazos, que passaram a ser contados em dias úteis e não mais em dias corridos.
Essa alteração visava trazer mais segurança jurídica e racionalidade ao processo, além de facilitar a vida dos advogados, que poderiam se organizar melhor para cumprir suas obrigações.
Contudo, com o advento da pandemia da Covid-19 e a consequente implantação do sistema de justiça digital, surgiu uma nova questão: como ficaria a contagem de prazo nos processos eletrônicos?
A resposta não é simples, pois envolve diversos fatores, como a natureza do processo, o tipo de ato processual, a forma de intimação, o regime de plantão e a suspensão dos prazos.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou diversas resoluções para regulamentar o funcionamento do Poder Judiciário nesse período.
Nisso, foram estabelecidas novas regras para a realização de audiências e sessões virtuais, a manutenção dos serviços essenciais e a suspensão dos prazos processuais em determinados períodos.
Além disso, cada tribunal adotou medidas específicas para adaptar-se à nova realidade, o que gerou uma grande diversidade de normas e procedimentos.
Diante desse cenário, torna-se fundamental que os advogados estejam atentos às novas perspectivas da contagem de prazo nos processos eletrônicos, que apresentam vantagens e desafios em relação aos processos físicos.
Considerações finais
Explorar a influência da contagem de prazos na justiça digital nos abre a mente para mostrar as mudanças e adaptações necessárias para tornar nosso sistema jurídico mais ágil e eficiente.
Com as novas regras do Novo Código de Processo Civil, vimos como a contagem exclusiva em dias úteis, a suspensão em períodos específicos e a atenção aos feriados são passos significativos nesse caminho.
Essas mudanças representam a busca ativa por um sistema judiciário mais moderno, transparente e alinhado com as necessidades da sociedade digital.
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