Petição
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do $[processo_vara] Juizado Especial Cível do Foro da Comarca $[PROCESSO_COMARCA] - $[PROCESSO_UF]
Autos nº $[processo_numero_cnj]
$[parte_autor_nome_completo], já devidamente qualificado nos presentes autos, neste ato representado por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, oferecer
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO E CONTESTAÇÃO AO PEDIDO CONTRAPOSTO
nos autos da Ação de Indenização movida em face de $[parte_reu_nome_completo], aduzindo e requerendo o que adiante segue:
1. RESUMO DOS FATOS TRAZIDOS NA CONTESTAÇÃO
Em apertada síntese, o Réu alega que o Autor é o único responsável pelo acidente, pois sustenta o fato de que houve uma ultrapassagem irregular na faixa contínua, o que, segundo ele, gerou a colisão. Falácia!
Ademais, busca a condenação do Autor por litigância de má-fé e, em sede de pedido contraposto, requer a condenação do Autor no pagamento das despesas com o reparo do seu veículo, nos termos da emenda ao pedido contraposto (mov. 23), ou seja, R$ 2.500,00.
Sem razão.
2. DA DINÂMICA DO ACIDENTE
O Réu tenta mudar a verdade dos fatos ao induzir este juízo a acreditar que o Autor realizou ultrapassagem proibida e, por consequência, gerou o acidente.
A real dinâmica do acidente ocorreu assim:
• Autor e réu vinham transitando na mesma via (Rua $[geral_informacao_generica]) e direção (centro);
• Após desviarem de um caminhão na beira da rua, o Réu entrou à direita para estacionar;
• O autor vinha na via da direita, sem qualquer ultrapassagem;
• Porém, o Réu ao perceber uma vaga de estacionamento na rua Ricardo Lemos fez uma conversão abrupta à esquerda, cortando a frente do Autor, na via da direita;
• Houve a colisão ainda na mesma via, sem qualquer mudança de faixa.
Eis a real dinâmica do acidente!
Para elucidar a caso, segue figura com as posições do sinistro:
$[geral_informacao_generica]
Excelência, quando da propositura da ação o Autor, desassistido e com dificuldade de narrar o sinistro, não conseguiu descrever com exatidão a real dinâmica do acidente e, de forma oportunista, o réu encontrou um espaço para tentar alterar a realidade dos fatos.
Por certo, na audiência de instrução e julgamento os fatos serão trazidos à tona!
Veja Excelência, seria impossível ter ocorrido o acidente da forma como narra o Réu, isto diante da posição da batida, conforme foto juntada pelo próprio Réu, no mov. 20.11 do PROJUDI:
$[geral_informacao_generica]
Veja, o abalroamento foi no meio do veículo do Réu, verticalmente, sem qualquer raspagem ou indício de continuidade de batida! Caso o sinistro ocorresse da forma que foi narrado, seria impossível a batida ter ocorrido neste local do veículo e desta forma. Explico.
Narra o réu que:
$[geral_informacao_generica]
Veja, se realmente o Réu estivesse fazendo a conversão à esquerda e o Autor realizando ultrapassagem proibida pela outra pista, a batida não aconteceria verticalmente (em ângulo de 90º) e no meio do veículo, e sim, de maneira frontal no canto esquerdo da parte traseira do veículo do Réu ou então, de maneira diagonal na parte lateral esquerda do veículo, causando raspagem acentuada, porque alega que supostamente o Autor estar em alta velocidade. Assim narra o Autor:
$[geral_informacao_generica]
Desta forma, NUNCA poderia a batida ter causado o sinistro apontado na foto juntada pelo próprio Réu!
Ora Excelência, os fatos denunciam a verdade!
O sinistro ocorreu conforme apontou o Autor, ou seja, houve uma conversão inesperada da área de estacionamento (do lado direito da Rua Euripedez) para a Rua Ricardo Lemos, atravessando todas as pistas.
Com este movimento, o veículo do Réu se posicionou em ângulo de 90º com a via em que o Autor transitava.
Por isso a batida foi em vertical! De acordo com o croqui abaixo:
$[geral_informacao_generica]
Assim, quem deu causa ao acidente foi, exclusivamente, o Réu!
Confirma-se o fato de que o Réu trabalha nas imediações da rua em que a colisão ocorreu e, é fato notório, a grande disputa no local por vagas de estacionamento!
Basta circular pela região, em qualquer horário, que é possível verificar dezenas de carros estacionados e muitos procurando vaga para o parqueamento, especialmente às 8:20 da manhã, horário em que ocorreu a batida.
Quando uma vaga é avistada, inicia uma verdadeira corrida para alcançá-la.
Percebam as fotos (em anexo) que o Autor tirou na última semana, o eu demonstra o costumeiro parqueamento do Réu nas imediações.
Assim, impugna-se todas as alegações do Réu, devendo a ação ser julgada totalmente procedente.
3. DAS OUTRAS INVERDADES
Não bastasse o exposto acima, o Réu colecionou inverdades na sua peça de defesa, que serão rebatidas pontualmente, a seguir.
Alegou que a “demora” do Autor em fazer o BO indica que é culpado. Absurdo! Exatamente por estar aguardando uma resposta amigável do Réu, o Autor aguardou para noticiar o abalroamento.
Várias foram as conversas preliminares antes de culminar na desavença das partes, assim, nesta “espera” de uma semana o Autor aguardou a solução do impasse de forma serena, pois confia na …