Taxatividade e o Agravo Interno: entenda a relação
Atualizado 08/04/2024
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O agravo interno é um dos recursos mais utilizados no âmbito do Direito Processual Civil brasileiro, especialmente nas cortes superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, sua admissibilidade está diretamente ligada ao princípio da taxatividade recursal. Neste artigo, exploraremos a relação entre a taxatividade e o agravo interno, destacando suas implicações jurídicas e as estratégias processuais que podem ser adotadas para garantir sua eficácia.
Princípio da Taxatividade Recursal
O Princípio da Taxatividade Recursal é um conceito fundamental no Direito Processual, especialmente no que diz respeito aos recursos interpostos no decorrer de um processo judicial. Ele estabelece que os recursos devem estar expressamente previstos em lei, ou seja, só são admissíveis os recursos que tenham sua utilização autorizada de forma explícita pela legislação processual.
Esse princípio tem como objetivo garantir a segurança jurídica, a previsibilidade e a ordem no sistema recursal, evitando a interposição indiscriminada de recursos e contribuindo para a eficiência e celeridade processual. A ideia por trás da taxatividade é assegurar que as partes tenham clareza sobre quais recursos podem ser utilizados em determinadas situações, impedindo o uso excessivo de recursos como uma estratégia meramente protelatória.
Definição e Fundamentos Legais
O princípio da taxatividade recursal estabelece que os recursos processuais devem ser expressamente previstos em lei, ou seja, sua utilização está condicionada à existência de previsão legal específica. Esse princípio visa conferir segurança jurídica às partes e evitar a interposição indiscriminada de recursos, garantindo a celeridade e a eficiência do processo.
Aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro
No Brasil, a taxatividade recursal encontra respaldo no artigo 1.015 do Código de Processo Civil (CPC), que elenca as hipóteses de cabimento do agravo interno. Além disso, o princípio da taxatividade é reforçado pelos regimentos internos dos tribunais, que disciplinam os procedimentos recursais e estabelecem os requisitos para a interposição dos diversos recursos processuais.
Agravo Interno e a Taxatividade Recursal
A relação entre o Agravo Interno e a Taxatividade Recursal está intimamente ligada à admissibilidade desse recurso nas cortes judiciais. A utilização do Agravo Interno deve obedecer às hipóteses de cabimento previstas em lei, sob pena de não ser admitido pelo tribunal competente. Assim, é necessário que o Agravo Interno esteja em conformidade com o princípio da taxatividade para que seja considerado válido e eficaz no processo judicial.
No Brasil, o Agravo Interno está previsto no Código de Processo Civil, em seu artigo 1.015, e sua admissibilidade é disciplinada pelos regimentos internos dos tribunais. Esses dispositivos legais estabelecem as situações específicas em que o Agravo Interno pode ser interposto, respeitando os limites impostos pelo Princípio da Taxatividade Recursal.
Cabimento do Agravo Interno
O agravo interno é cabível contra decisões interlocutórias proferidas por magistrados em primeira ou segunda instância, desde que não haja previsão de recurso de apelação ou de instrumento. No entanto, sua admissibilidade está condicionada à observância dos requisitos previstos em lei e nos regimentos internos dos tribunais.
Limites da Taxatividade: Interpretação Ampliativa
Apesar da natureza taxativa dos recursos processuais, a jurisprudência tem admitido uma interpretação ampliativa das hipóteses de cabimento do agravo interno, visando assegurar o acesso à justiça e a efetividade do direito constitucional ao duplo grau de jurisdição. Nesse sentido, têm sido reconhecidas situações excepcionais em que o agravo interno pode ser admitido, mesmo fora das hipóteses expressamente previstas em lei.
Argumentação Subsidiária
Uma das estratégias processuais mais utilizadas para viabilizar o agravo interno é a apresentação de argumentos subsidiários, que possam justificar a admissibilidade do recurso mesmo diante da ausência de previsão expressa em lei. Para tanto, é necessário fundamentar a existência de uma situação excepcional que justifique a interposição do agravo interno.
Precedentes Jurisprudenciais
A jurisprudência das cortes superiores é uma fonte valiosa de orientação para a construção da argumentação do agravo interno. A referência a precedentes jurisprudenciais favoráveis à tese da parte recorrente pode fundamentar a admissibilidade do recurso, mesmo em casos não previstos expressamente em lei.
A jurisprudência das cortes superiores têm reconhecido a admissibilidade ampliada do agravo interno em diversas situações excepcionais, tais como:
-
Ausência de prejuízo à parte contrária;
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Manifesta contrariedade à jurisprudência consolidada;
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Necessidade de prequestionamento de matéria constitucional relevante.
Considerações finais
A relação entre a taxatividade recursal e o agravo interno é complexa e demanda uma análise criteriosa das hipóteses de cabimento previstas em lei e nos regimentos internos dos tribunais. No entanto, a jurisprudência tem admitido uma interpretação ampliativa das hipóteses de cabimento do agravo interno, visando assegurar o acesso à justiça e a efetividade do direito ao duplo grau de jurisdição.
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